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Pressão alta em idosos: quais os cuidados a ter?

Pressão alta em idosos: quais os cuidados a ter?

A tensão arterial elevada, ou hipertensão, é um grande problema de saúde que é comum nos idosos. A rede de vasos sanguíneos do corpo, conhecida como o sistema vascular, muda com a idade.

As artérias tornam-se mais rígidas, provocando um aumento da tensão arterial. Isto pode acontecer mesmo nas pessoas que têm hábitos saudáveis e se sentem bem.

A tensão arterial elevada, por vezes designada como o assassino silencioso, não causa frequentemente sinais de doença que se possa ver ou sentir.

Embora afete quase metade de todos os adultos, muitos podem nem sequer estar cientes de que a têm.

Se a tensão arterial elevada não for controlada com mudanças no estilo de vida e medicação, pode levar a graves problemas de saúde, incluindo doenças cardiovasculares, tais como doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais, demência vascular, problemas oculares, e doenças renais.

 Mas, a pressão sanguínea pode ser controlada na maioria das pessoas.

A prevalência da hipertensão arterial está constantemente a aumentar, principalmente como resultado do envelhecimento da população, em particular o aumento da população com mais de 80 anos, que se expandiu exponencialmente ao longo dos últimos 40 anos.

Atualmente, a esperança de vida dos que têm 80 anos ou mais no grupo de países da OCDE, a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico é de cerca de 9 anos a mais, em comparação com cerca de 6 anos a mais nos anos 70, representando um aumento de 50%.

Na União Europeia, havia 27,3 milhões de pessoas com 80 anos ou mais em 2016, 5,4% da população total, contra 20 milhões em 2006, 4,6% da população total.

Nos Estados Unidos, a percentagem de pessoas com 80 anos ou mais de idade está projetada para 7,4% em 2050, o que é exatamente o dobro da percentagem observada em 2010.

Estas alterações demográficas explicam porque, apesar de a incidência de hipertensão numa determinada idade ter mudado muito pouco, o número absoluto de indivíduos com a doença está em constante crescimento.

Dados de alguns estudos sugerem que o risco de desenvolvimento de hipertensão ao longo da vida é maior que 90% para um indivíduo com idade compreendida entre os 55 e os 65 anos.

Assim, o número continuamente crescente de indivíduos mais velhos acaba por levar a uma população crescente com tensão arterial elevada.

Além disso, as alterações demográficas mencionadas conduzem concomitantemente a um maior número de pessoas idosas que necessitam de cuidados domiciliários e institucionalizados.

Isto é devido ao declínio cognitivo e funcional, fragilidade, a existência de muitas doenças em simultâneo, à toma de muitos medicamentos ao mesmo tempo, bem como à perda parcial ou total de autonomia.

O que é a hipertensão?

A hipertensão é caraterizada pelo aumento da pressão sanguínea contra a parede das artérias, esta doença não tem cura, mas existem tratamentos que evitam suas complicações.

Por ser silenciosa, a hipertensão precisa de atenção especial aos seus sintomas, como por exemplo, as fortes dores de cabeça ou dores na nuca, zumbidos no ouvido, dores no peito, tonturas e sangramento.

Particularmente nos idosos, o tipo de hipertensão mais comum é a hipertensão arterial sistêmica, que além de ser multifatorial, é muitas vezes detetada tardiamente por não apresentar sintomas óbvios.

Quais os cuidados a ter?

Um tratamento com sucesso para a tensão alta nos idosos pode trazer muitos benefícios a esta população. Incentivar mudanças no estilo de vida é um dos primeiros passos do tratamento.

Os medicamentos devem ser administrados de acordo com cada situação específica e devem ser iniciados com a dose mais baixa, de acordo com a tolerância individual.

A vigilância é necessária para evitar possíveis complicações relacionadas com o tratamento. Para pacientes muito idosos, com mais de 80 anos, os riscos e benefícios de um controle rigoroso precisam ser frequentemente reavaliados.

Por isso, para prevenir ou controlar a pressão alta, um estilo de vida saudável, ou seja, manter o peso ideal para o corpo, praticar atividades físicas frequentemente e uma alimentação saudável são fundamentais.

Medicamentos

Tratar a hipertensão em idosos pode ser um processo um pouco mais complicado e requer muita atenção.

Nesta fase da vida é comum o aparecimento de outras doenças relacionadas com o envelhecimento e a interação de vários medicamentos.

Ou ainda de outras doenças relacionadas com os medicamentos para o tratamento da pressão alta, que pode causar efeitos secundários graves, e também pode aumentar o risco de ocorrência de AVC.

O objetivo dos medicamentos é reduzir os níveis de tensão e a probabilidade de ocorrerem problemas cardiovasculares.

Outro tipo de tratamentos

O tratamento da pressão alta em idosos engloba também uma componente não medicamentosa.

Esta forma de tratamento mais abrangente foca-se na mudança do estilo de vida do idoso, para que possa haver uma diminuição da dosagem de medicamentos até que se consiga, se possível, a eliminação completa do uso de remédios.

O objetivo é reduzir os índices de mortalidade cardiovasculares através da mudança dos hábitos de saúde e de vida e assim controlar a pressão arterial.

Utilizar medicamentos de acordo com a recomendação do médico

O idoso com hipertensão não deve deixar de tomar a medicação prescrita pelo médico. O cuidado precisa ser contínuo, não podendo ser interrompido sem orientação médica.

Muitas pessoas abandonam o tratamento quando começam a sentir melhoras, mas isso pode ter consequências graves, já que a maioria dos casos de urgência relacionados com AVC ou enfarte são devidos à interrupção da medicação para a pressão alta.

Exercícios físicos

A prática de exercícios físicos, principalmente os aeróbicos, quando feitos com regularidade, são extremamente benéficos à saúde.

Depois da execução de alguns exercícios, há uma dilatação e relaxamento dos vasos sanguíneos, que nos idosos com hipertensão tendem a ser mais estreitos e endurecidos. Com a repetição diária da atividade, a pressão arterial diminui por causa da manutenção da vasodilatação.

Se a circulação sanguínea melhora, todo o organismo beneficia. Os exercícios também ajudam na perda de peso, contribuindo para a redução da pressão arterial, glicemia e colesterol.

Nas pessoas com diabetes ocorre uma queda nas taxas de glicemia, o que ajuda na manutenção da saúde cardiovascular.

Alimentação saudável

Os alimentos processados têm muita gordura e sal e por isso devem ser evitados. Neste sentido, a alimentação deve ser a mais saudável e natural possível, com o consumo regular de frutas, verduras, legumes, oleaginosas, cereais, laticínios desnatados, azeites, óleos vegetais, carnes magras e peixes.

Também é importante prestar atenção ao nível de sal dos alimentos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a quantidade diária máxima de sal é de uma colher de chá, o equivalente a 5 g, para as pessoas que não têm problemas de saúde.

 Para ajudar a controlar o consumo de sal, uma boa estratégia é a preparação de alimentos com temperos naturais sem sal, com orégãos, ervas finas, alho, mostarda em pó e pimenta.

Evitar o tabaco

O consumo de tabaco tem sido associado ao aumento da pressão arterial e a problemas cardiovasculares. O fumo contribuiu para o estreitamento dos vasos sanguíneos e formação de aterosclerose que potencializam a ocorrência de enfarte.

Evitar o consumo de álcool

A ingestão de bebidas alcoólicas é uma das principais causas do aumento do número de doenças crónicas. Quando há ingestão de álcool em excesso, a pressão arterial sobe e a possibilidade da ocorrência de AVC ou enfarte aumenta consideravelmente.

Por este motivo, os homens devem limitar o consumo diário de álcool para duas doses e as mulheres, bem como pessoas de baixo peso, uma dose.

Para uma noção de quantidade, é importante considerar que uma dose contém cerca de 14 g de etanol, equivalente a 45 ml de bebida destilada, 150 ml de vinho e 350 ml de cerveja.

Vigilâncias médica periódica

O acompanhamento médico é um dos fatores mais importantes para a saúde do idoso hipertenso, principalmente quando a pressão arterial não está sob controle. O ideal é uma ida ao médico uma vez por mês.

Utilização de um monitor de pressão arterial

Existem várias opções de aparelhos para monitorizar a pressão arterial em casa, de forma mais confortável. Desta forma, é possível acompanhar as possíveis alterações através das medições feitas pelo próprio idoso.

Alguns dispositivos têm um sistema de memória das medições, possibilitando um registo que pode depois ser apresentado ao médico.

Conclusão

O envelhecimento é uma parte inevitável da vida e traz consigo dois acontecimentos inconvenientes, o declínio fisiológico e a existência de doenças.

A hipertensão é um importante fator de risco para a morbilidade e mortalidade cardiovascular, particularmente nos idosos.

É uma doença crónica significativa e frequentemente assintomática, que requer um controle apertado e uma adesão persistente aos medicamentos prescritos para reduzir os riscos de doenças cardiovasculares, cerebrovasculares e renais.

A hipertensão aumenta com a idade, afetando aproximadamente 66% da população idosa com ou mais de 65 anos.

Até 2030, a população com mais de 65 anos corresponderá a quase metade da população. 

Vários ensaios clínicos controlados demonstraram que o controle da pressão arterial reduz os problemas cardiovasculares em doentes idosos, mesmo os que têm idade superior a 80 anos.

No entanto, apesar dos avanços nos cuidados médicos, as taxas de controle da hipertensão permanecem baixas, especialmente na população idosa.

Os dados nestes estudos demonstraram a prevalência crescente da hipertensão com a idade. O risco de doença arterial coronária, acidente vascular cerebral, doença cardíaca congestiva, insuficiência renal crónica e demência também é maior nos idosos com hipertensão.

Por todos estes motivos, é de extrema importância tratar a hipertensão na população idosa, a fim de melhorar a sua qualidade de vida e diminuir a incidência das complicações cardiovasculares.

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Referências:

  • Sociedade Portuguesa de Hipertensão
  • Organização Mundial de Saúde
  • Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico

*Atenção: O Blog Mais que Cuidar é um espaço informativo, de divulgação e educação sobre temas relacionados com saúde e bem-estar, não devendo ser utilizado como substituto ao diagnóstico médico ou tratamento sem antes consultar um profissional de saúde.

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