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Qual a importância da vitamina D para os idosos?

Qual a importância da vitamina D para os idosos?

A vitamina D é um nutriente extremamente importante que o corpo precisa para funcionar bem, e as insuficiências podem desencadear graves problemas de saúde.

A vitamina D desempenha um papel vital na saúde humana. Baixos níveis de vitamina D podem ter um impacto drástico no bem-estar físico e mental de uma pessoa.

Tradicionalmente, os estudos sobre os efeitos desta vitamina no corpo humano centraram-se no papel da vitamina D na manutenção da saúde do esqueleto.

Nos últimos anos, após a descoberta de recetores de vitamina D em todo o corpo, o seu papel na prevenção e tratamento de doenças crónicas mudou um pouco a perceção que se tinha do seu papel.

A deficiência de vitamina D tem estado ligada a vários problemas de saúde, incluindo declínio cognitivo, depressão, osteoporose, doença cardiovascular, hipertensão, diabetes e cancro.

À medida que as pessoas envelhecem, o risco de deficiência de vitamina D aumenta significativamente.

A percentagem de idosos que sofrem de deficiência de vitamina D varia, mas os fatores de risco que contribuem para a deficiência de vitamina D nos idosos incluem a redução da ingestão nutricional de vitamina D.

E também, o aumento do peso e da gordura corporal, a diminuição da síntese cutânea de vitamina D e menos tempo passado ao ar livre.

O número de indivíduos com 65 anos ou mais deverá mais do que duplicar até 2060. Assim, é importante compreender a relação entre a vitamina D e as doenças crónicas nas pessoas mais velhas.

Se o tratamento da deficiência de vitamina D pode prevenir ou atenuar estas perturbações e pode desempenhar um papel importante nas doenças associadas ao envelhecimento.

A combinação de sintomas causados pelo baixo teor de vitamina D, tais como fadiga, dor e depressão pode facilmente ser mal diagnosticada ou anulada como efeitos secundários inevitáveis do envelhecimento.

É fundamental consultar o médico se surgirem alguns dos sintomas de deficiência da vitamina nos idosos.

Um simples teste de sangue e uma recomendação para mudanças de estilo de vida ou um suplemento de vitamina D de venda livre podem ajudar os idosos a sentirem-se melhor rapidamente.

Como é que as pessoas obtêm a vitamina D?

As vitaminas são compostos orgânicos que são vitais para a função metabólica normal que devem ser consumidos porque não podem ser produzidos no corpo.

A vitamina D, contudo, é um pouco diferente das outras vitaminas porque é produzida pelo organismo numa reação química que ocorre quando a pele é exposta aos raios da luz solar.

Uma dieta equilibrada e adequada, ajuda, mas a maioria das pessoas obtém apenas cerca de 10% das suas necessidades nutricionais de vitamina D dos alimentos que consomem.

Embora muitos alimentos sejam fortificados com vitamina D adicionada, tais como produtos lácteos, sumo de laranja e cereais, as quantidades que estes produtos contêm ainda ficam aquém da dose diária recomendada.

As doses geralmente recomendadas são 0,01 mg ou 600 UI para adultos com idades entre os 19 e 70 e 0.02 mg ou 800 UI para adultos com mais de 70 anos.

As recomendações de dosagem aumentam após os 71 anos. As pessoas mais velhas têm uma maior necessidade de vitamina D devido ao risco mais elevado de doenças como a osteoporose, doenças cardiovasculares e cancro.

Diversos fatores podem desempenhar um papel nas deficiências de vitamina D nas pessoas mais velhas.

Como passam a maior parte do seu tempo dentro de casa, os idosos obtêm uma exposição mínima à luz solar natural. Além disso, à medida que a pele fica mais magra com a idade, a síntese de vitamina D torna-se muito menos eficiente.

A redução do apetite e a absorção deficiente de nutrientes agravam ainda mais este problema para os mais velhos.

Há várias formas de os idosos suplementarem a vitamina D de forma natural:

A luz do sol é uma das melhores fontes naturais de vitamina D. Fazer uma caminhada à tarde ou investir numa lâmpada UV durante os meses mais frios.

Uma colher de sopa de suplemento de óleo de fígado de bacalhau equivale a 170% de vitamina D diária.

Quatro ou cinco cogumelos brancos cortados em fatias perfazem metade da ingestão de vitamina D necessária.

Cerca de 85 gramas de salmão cozido são responsáveis por mais de 80% da vitamina D necessária. Atum, ostras e camarão também contêm grandes quantidades de vitamina D.

Formas altamente absorvíveis de vitamina D em comprimidos ou formas líquidas estão também disponíveis no mercado.

Depois de excluídas as interações medicamentosas ou outros riscos para a saúde, um médico ou nutricionista podem recomendar um suplemento de vitamina D para além das fontes naturais.

Sinais de deficiência de vitamina D nos idosos

A deficiência de vitamina D ou hipovitaminose D, é um problema de saúde cada vez mais comum entre pessoas de todas as idades, mas os idosos correm um risco acrescido.

Os sinais de níveis baixos de vitamina D são frequentemente subtis e podem ser confundidos com outros problemas de saúde, especialmente em idosos.

Perceber de onde vem a vitamina D, os sintomas da deficiência nutricional e como ela pode ser tratada ajudam a garantir que o idoso pode receber os nutrientes de que necessita.

Estes são alguns dos sintomas da deficiência de vitamina D:

Músculos fracos

No processo de envelhecimento humano, a deficiência de vitamina D está fortemente ligada à fraqueza muscular, que se pode manifestar de diferentes formas.

Em geral, os idosos tendem a sentir uma sensação de peso nas pernas e têm dificuldade em levantar-se e subir escadas.

A vitamina D é também necessária para ajudar e regular a absorção de cálcio e mantém os ossos, músculos e dentes em excelentes condições.

A combinação de músculos e ossos enfraquecidos causada por baixos níveis de vitamina D tem sido associada a um risco acrescido de quedas e fraturas, que podem ser muito perigosas e mesmo fatais para os idosos.

Alterações no humor e na função cognitiva

Uma vez que a vitamina D se converte na hormona ativa, o calcitriol, funciona de forma diferente dentro do corpo do que outro tipo de vitaminas.

Pensa-se que a vitamina D ajuda a regular a função imunológica e a libertação de neurotransmissores no cérebro que influenciam o humor, como a dopamina e a serotonina.

Estudos demonstraram que níveis baixos de vitamina D podem estar associados a perturbações da saúde mental como a desordem afetiva sazonal, esquizofrenia e depressão.

Os idosos que se sentem deprimidos e cansados a toda a hora podem de facto sofrer de insuficiência ou deficiência de vitamina D.

Além disso, níveis baixos de vitamina D podem contribuir para o declínio cognitivo e o risco de uma pessoa desenvolver a doença de Alzheimer e outras formas de demência.

Aumento de peso

A vitamina D parece desempenhar um papel importante na regulação do apetite e do peso corporal também.

Estudos demonstraram que níveis mais baixos de vitamina D estão associados à obesidade, enquanto níveis mais elevados de vitamina D têm sido associados a reduções na gordura corporal.

Acredita-se que a vitamina D controla os níveis de leptina no corpo, uma hormona que inibe a fome e reduz o armazenamento de gordura.

Quando um idoso é deficiente em vitamina D, estes sinais para o cérebro são perturbados e o corpo não sabe quando deve parar de comer. Isto pode fazer com que as pessoas comam em excesso e ganhem peso.

Fadiga

Muitas pessoas idosas que estão sempre cansadas podem não se aperceber que podem ter uma deficiência nutricional, por isso ignoram os seus sintomas.

Níveis baixos de vitamina D também podem causar dores generalizadas em áreas como os ombros, pélvis, caixa torácica e zona lombar, o que pode deixar uma sensação de esgotamento na pessoa na terceira idade.

Uma pessoa que tenha articulações rígidas e se sinta constantemente cansada pode aumentar a sua ingestão de vitamina D para melhorar, especialmente se não sair muito ou se não comer muitos alimentos fortificados com a vitamina.

Problemas digestivos

Estudos demonstraram que níveis baixos de vitamina D podem contribuir para o desenvolvimento de doença inflamatória intestinal, uma condição caracterizada pela inflamação crónica do trato digestivo.

Para piorar a situação, as doenças intestinais podem interferir com a forma como os intestinos absorvem a gordura.

Dado que a vitamina D é uma vitamina lipossolúvel, ou seja, que é solúvel em gordura, as condições inflamatórias do intestino podem fazer com que as deficiências nutricionais se agravem ainda mais.

Benefícios da vitamina D para os idosos

A vitamina D é um componente crucial do envelhecimento saudável, de tal forma que as recomendações de dosagem aumentam com a idade.

Contudo, muitos idosos, não ingerem quantidades suficientes deste nutriente essencial, levando ao enfraquecimento dos ossos, náuseas, dificuldades cognitivas, e outros problemas de saúde.

Para evitar estes problemas, os idosos devem tomar a dose recomendada de vitamina D para idosos, que são cerca de 15 microgramas para quem tem menos de 71 anos e 20 microgramas para quem tem mais de 71 anos.

Estes são alguns dos benefícios da vitamina D:

Aumenta os níveis de satisfação e melhora a saúde mental

A vitamina D melhora a saúde mental dos idosos, combatendo problemas frequentes como a depressão dos idosos.

Um estudo realizado em 2017 com mais de 5.600 idosos encontrou uma ligação entre níveis mais baixos de vitamina D e sintomas depressivos, tais como solidão, falta de prazer e perturbação do sono.

Os participantes no estudo com menor quantidade de vitamina D relataram preocupações mais pronunciadas com a saúde mental. Neste sentido a vitamina D poderá ter um potencial efeito antidepressivo.

Promove a saúde dos ossos nas pessoas idosas

A osteoporose, uma doença que faz com que os ossos se tornem frágeis e fracos, afeta uma percentagem considerável de idosos.

A doença acarreta sérios riscos para a saúde, podendo levar a quedas e outras situações perigosas de segurança doméstica. A ligação entre a vitamina D e a saúde óssea pode ajudar os idosos a prevenirem o enfraquecimento ósseo.

Para maior eficácia, os idosos devem associar a dose recomendada de vitamina D para a sua idade com cálcio.

Um estudo de 2019 da Associação Médica Americana com 49.000 participantes concluiu que os idosos que combinaram níveis adequados de vitamina D com ingestão suficiente de cálcio reduziram em 16% o seu risco de fraturas da anca.

Ajuda a prevenir o cancro e as infeções

Os idosos podem ser mais proativos quanto à sua saúde recorrendo à vitamina D. Esta vitamina pode ser usada como tratamento preventivo para o cancro do cólon e até mesmo a gripe.

Devido à capacidade da vitamina D para gerir as células imunitárias, tomar a dose recomendada de vitamina D para idosos pode diminuir os riscos de cancro do cólon e de cancros sanguíneos, especificamente.

Estudos recentes feitos na Universidade da Finlândia também sugerem uma redução da mortalidade entre alguns doentes oncológicos tratados com vitamina D.

Para além de prevenir doenças crónicas e potencialmente fatais, a vitamina D pode ajudar a impulsionar o sistema imunitário de um idoso a vencer mais doenças do dia-a-dia como constipações, gripe e outros problemas respiratórios.

Um estudo global incorporando 25 ensaios clínicos sugeriu que a vitamina D promove substâncias semelhantes a antibióticos naturais nos pulmões.

Protege a saúde oral

Muitas vezes, o envelhecimento torna os cuidados dentários mais difíceis de gerir. Por outro lado, o envelhecimento traz uma maior probabilidade de doenças gengivais e cáries dentárias e a vitamina D pode ajudar com uma forte defesa.

Num estudo realizado com 67 pacientes dentários, as pessoas com níveis mais elevados de vitamina D apresentaram uma menor probabilidade de contrair doenças de saúde oral, a causa mais frequente de cáries e perdas dentárias nos idosos.

Muitos outros estudos ressalvam a ligação entre a vitamina D e a capacidade do corpo para absorver cálcio. A deficiência de cálcio, um sintoma de deficiência de vitamina D em idosos, coloca as pessoas mais velhas num risco acrescido de doenças gengivais.

Pode diminuir os riscos de desenvolvimento de Parkinson

A doença de Parkinson, que ocorre quando os neurónios no cérebro se deterioram e causam tremores musculares e rigidez, é uma doença comum entre os idosos.

De facto, o envelhecimento destaca-se como o fator de risco número um para a doença de Parkinson, com 5% dos adultos com mais de 85 anos de idade a desenvolver a doença.

Obter a dose recomendada de vitamina D pode ajudar os idosos a reduzir o risco de serem diagnosticados com Parkinson, e pode mesmo ajudar a aliviar os sintomas de Parkinson após o diagnóstico.

Um estudo com 182 doentes com Parkinson e 185 pessoas sem a doença descobriu que os doentes com Parkinson tinham níveis significativamente mais baixos de vitamina D do que os seus pares saudáveis.

Conclusão

A deficiência de vitamina D é uma condição médica grave e comum que afeta significativamente a saúde e o bem-estar dos idosos.

As evidências científicas têm vindo a confirmar a associação entre vitamina D e a osteoporose.

No entanto, mais estudos são necessários para determinar se o fornecimento de vitamina D pode ajudar a prevenir, tratar ou melhorar as condições crónicas do envelhecimento, tais como declínio cognitivo, depressão, doença cardiovascular, hipertensão, diabetes tipo 2, e cancro.

Embora os estudos tenham mostrado dados promissores sobre o papel da vitamina D em vários resultados de saúde, tais como a saúde óssea e cardiovascular, cancro e o sistema imunitário, ainda não é possível tirar conclusões definitivas.

Passar tempo ao ar livre e apanhar o sol na pele é a forma mais eficiente de absorver vitamina D, embora também possa ser uma das mais perigosas.

Uma vez que se pretende prevenir queimaduras solares e cancro de pele, não é recomendado que os idosos dependam da luz solar para todas as suas necessidades de vitamina D.

Desta forma, teriam de passar cerca de 30 minutos no exterior sob luz solar direta duas vezes por semana para absorverem o suficiente.

Mas, usar protetor solar, tendo a pele coberta ou estar ao sol através de uma janela não será a melhor forma de aumentar os níveis vitamínicos.

Mesmo que a exposição solar fosse segura, muitos lugares não fornecem luz solar suficiente durante todo o ano para tornar este método o mais eficaz possível.

Contudo, mesmo só desfrutar de alguns minutos de sol no rosto enquanto se cuida do jardim ou se dá uma caminhada, continuam a ser excelentes formas de absorver vitamina D.

Quer seja através da comida, do sol ou de suplementos, a absorção da quantidade certa desta vitamina de grande impacto é muito importante a cada ano de vida que passa.

Assegurar que o idoso está a receber o suficiente dos níveis de vitamina D ajudará a reduzir o risco de quedas  e a mantê-lo independente e ativo por mais tempo.

Uma vez que se estima que a maioria das pessoas mais velhas têm algum tipo de deficiência de vitamina D, é importante perceber se o idoso tem os níveis normais ou não.

Tomar vitamina D certamente pode ajudar os idosos a continuar a envelhecer com qualidade, juntando a isso uma vida tranquila e uma alimentação equilibrada com atividade física que baste, com certeza trará uma vitalidade acrescida nos anos mais dourados.

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Referências:

  • National Library of Medicine
  • A Place for Mom

*Atenção: O Blog Mais que Cuidar é um espaço informativo, de divulgação e educação sobre temas relacionados com saúde e bem-estar, não devendo ser utilizado como substituto ao diagnóstico médico ou tratamento sem antes consultar um profissional de saúde.

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