Sente aumento da sede, boca seca, fadiga, está com a cicatrização lenta, tem a visão turva ou infecção urinária e quer saber se são sintomas de diabetes?
Respondemos-lhe a todas estas questões e ainda lhe explicamos, por exemplo, que existe mais do que um tipo de diabetes – tipo 1 e 2, diabetes gestacional, mody – quais os valores mínimos e máximos de glicose no sangue para que seja considerada uma pessoa diabética e como a alimentação o pode ajudar a controlar esta doença metabólica.
Visite um centro MaisqueCuidar e encontre vários serviços na área dos cuidados de saúde domiciliários tais como o apoio domiciliário, a fisioterapia e os serviços de enfermagem ao domicílio. Em doentes com dificuldade no controle da glicemia, pode ser útil o serviço de enfermeiro a casa para ensino e administração de insulina.
Além disso, pode receber aconselhamento sobre produtos ortopédicos ou de saúde como por exemplo, meias e sapatos especiais para pés diabéticos ou sensíveis.
Em situações em que haja complicações graves da diabetes, como uma amputação, pode ser necessário fazer adaptações em casa e produtos de apoio para melhorar a mobilidade, a segurança e o conforto do doente.
Descubra o que é a diabetes, quais as causas, os sintomas, o tratamento e as complicações neste guia completo que elaborámos para si. Confira!
O que é Diabetes Mellitus?
Quando a insulina está em falta ou não atua adequadamente, então os níveis de glicose no sangue sobem. É nesta condição que se considera ter diabetes, habitualmente diagnosticada através de testes sanguíneos que medem os níveis elevados de glicose no sangue. O não controlo destes níveis provoca danos em vários tecidos do corpo, originando problemas limitadores e potencialmente fatais.
A prevalência (número de casos) e a incidência (número de novos casos) da diabetes são elevadas e, segundo os números da Federação Internacional da Diabetes em 2017, estimava-se que em todo o mundo, 1 em cada 11 adultos tinha algum tipo de diabetes e que 1 em cada 2 não tinha sido diagnosticado.
Estima-se que em 2040 sejam 642 milhões, o número de pessoas afectadas pela doença.
Para chamar a atenção dos cidadãos e entidades governamentais para esta realidade problemática da diabetes foi criado o Dia Mundial da Diabetes que se assinala a 14 de novembro, todos os anos. A diabetes é a mais comum das doenças não transmissíveis.
Hipoglicemia
A hipoglicemia acontece quando os níveis de glicose no sangue descem abaixo dos 70mg/dl. A maior parte dos casos de hipoglicemia ocorre nos doentes diabéticos e relaciona-se com erros na administração de medicação oral ou excesso de insulina, mas também pode ocorrer devido a erros na alimentação, excesso de exercício físico sem suporte alimentar, ou mesmo devido a algumas perturbações do organismo.
Quando ocorre a hipoglicemia, o organismo reage libertando adrenalina a partir das glândulas supra-renais. Esta hormona estimula a libertação de açúcar contido nas reservas do organismo e, em simultâneo, causa sintomas semelhantes aos de um ataque de ansiedade: transpiração, nervosismo, tremores, desfalecimento, palpitações e, por vezes, fome.
Hiperglicemia
A hiperglicemia caracteriza-se pela presença de concentrações elevadas de glucose no sangue. De um modo geral, ocorre hiperglicemia quando os níveis de insulina estão reduzidos ou o organismo não a consegue utilizar corretamente. A hiperglicemia pode acontecer nos diabéticos mal controlados ou quando existe ingestão de uma grande quantidade de açúcar.
As manifestações mais comuns da hiperglicemia são as micções frequentes, a sede e a fome constante. Também provoca dores de cabeça, dificuldade de concentração, visão enevoada, fadiga e perda de peso.
O diagnóstico da hiperglicemia é feito através da medicação laboratorial dos níveis de glucose no sangue, que em valores normais variam entre os 80 e 120 mg/dL. Prevenir a hiperglicemia passa pela manutenção de hábitos de vida saudáveis com uma dieta equilibrada e a prática de exercício físico.
Existem hiperglicemias ocasionais, que podem ser provocadas por:
- Uma ingestão excessiva em hidratos de carbono nas refeições anteriores;
- Uma situação de stress;
- Alterações na acção da medicação como sejam alterações na absorção intestinal dos medicamentos ou problemas técnicos na administração de insulina;
- Períodos de doença aguda como sejam infecções urinárias, respiratórias, intestinais…
- Outros.
Tipos de Diabetes
Existem diferentes tipos de diabetes, da diabetes tipo 1 à diabetes gestacional, cada um com as suas próprias características. Por exemplo, a diabetes tipo 1 costuma surgir principalmente durante a infância e adolescência, enquanto a diabetes tipo 2 está mais relacionada com o excesso de peso e uma alimentação incorreta, surgindo após os 40 anos de idade. Saiba mais abaixo.
Diabetes Tipo 1
A diabetes tipo 1 ocorre, geralmente, na infância e na adolescência e deve-se ao facto das células do pâncreas deixarem de produzir insulina. O motivo pelo qual isto ocorre não é totalmente conhecido e o tratamento é feito com insulina, para controlar os níveis de glicose no sangue, para o resto da vida.
Sem este tratamento, o doente com diabetes tipo 1 pode rapidamente desenvolver uma condição potencialmente fatal, conhecida como cetoacidose diabética, e ocorre quando as concentrações de insulina são insuficientes para suprir as necessidades metabólicas básicas do organismo.
Diabetes Tipo 2
A diabetes tipo 2 é o tipo de diabetes mais comum. Geralmente ocorre em adultos, mas tem surgido cada vez mais em crianças e adolescentes. Está associado ao excesso de peso e obesidade e, neste tipo de diabetes, o pâncreas é capaz de produzir insulina, no entanto hábitos alimentares e estilos de vida pouco saudáveis tornam o organismo resistente ao desempenho da insulina.
Com o tempo, os níveis de insulina podem tornar-se demasiado baixos para serem eficazes. A resistência à insulina e os baixos níveis de insulina, em conjunto, conduzem a níveis de glicose no sangue elevados na diabetes tipo 2.
Na maioria dos casos, a diabetes tipo 2 trata-se com uma dieta equilibrada e exercício físico, no entanto, pode ser necessário a toma de comprimidos (antidiabéticos orais) e em casos mais graves a administração de insulina. É ainda aconselhável que os doentes cessem o consumo de tabaco e de álcool e ingiram pequenas quantidades de gorduras.
Diabetes Gestacional
A diabetes gestacional é um tipo de diabetes que é detetada pela primeira vez, geralmente durante o segundo ou o terceiro trimestre da gravidez. As hormonas da placenta que ajudam o feto a desenvolver-se bloqueiam a acção da insulina tornando-a menos eficaz. A diabetes gestacional surge quando o seu corpo deixa de ser capaz de produzir e usar toda a insulina de que necessita durante a gravidez, resultando em níveis elevados de glicose no sangue.
É por isso vital monitorizar os níveis de glicose no sangue e seguir o plano de cuidados do médico mantendo a grávida e o bebé seguros quanto a complicações associadas à diabetes gestacional.
Pré-Diabetes
A pré-diabetes ocorre quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos do que o normal, mas ainda não estão elevados o suficiente para se designar ser diabetes tipo 1 ou tipo 2.
Digamos que pode ser um sinal de alerta porque além de estar em risco elevado de desenvolver diabetes, também aumenta o risco de doenças cardíacas e outras complicações médicas. Deve ser encarada com elevada responsabilidade, uma vez que pode ser a única etapa da diabetes que ainda pode ser revertida.
Diabetes MODY (Maturity-Onset Diabetes of the Young)
O termo MODY vem da sigla em inglês para Maturity Onset Diabetes of the Young – ou, numa tradução à letra, algo como diabetes juvenil de início tardio.
Assim, a diabetes tipo MODY é um subtipo da diabetes caracterizado por manifestação precoce, e por problemas ou na produção ou na ação da insulina, decorrentes de mutações em apenas um de uma série de possíveis genes. Ou seja, há uma lista de genes que, quando sofrem mutações, resultam numa ação menos eficiente da insulina.
Pela estreita ligação aos genes, este tipo de diabetes é facilmente hereditário e passado de pais para os filhos. Logo, se um dos pais – mãe ou o pai – possuir uma das mutações que causam a diabetes MODY, há 50% de probabilidade de um filho herdar esta mutação ao nascer. Neste caso, a criança terá mais de 95% de probabilidade de desenvolver a doença.
Sintomas de Diabetes
Tipo 1
A diabetes tipo 1 é normalmente diagnosticada durante a infância, mas algumas pessoas podem demorar até ao início da idade adulta para apresentar sintomas, sendo muito raros depois dos 30 anos. A diabetes tipo 1 costuma desenvolver-se subitamente e pode apresentar sintomas como:
- Sede anormal e boca seca
- Urinar frequentemente
- Urinar na cama
- Perda de energia e fadiga extrema
- Fome constante
- Perda de peso repentina
- Visão desfocada
Tipo 2
Os sinais e sintomas iniciais da diabetes tipo 2 são mais comuns em pessoas com excesso de peso, obesidade ou alimentação rica em açúcar e gordura e incluem:
- Urinar frequentemente
- Sede excessiva
- Fome extrema
- Visão desfocada
- Perda de energia e fadiga extrema
- Dormência e formigueiro nas mãos e pés
- Cicatrização lenta de feridas e infeções recorrentes
Gestacional
Os sintomas da diabetes gestacional são, basicamente, os mesmos da diabetes tipo 2, como:
- A sede
- A fome excessiva,
- Aumento da vontade de urinar.
Estes sintomas facilmente se confundem com sintomas normais da gravidez, e por isso, o médico deve solicitar a realização do teste de glicose sanguínea e teste de tolerância a glicose, em diferentes ocasiões da gestação para controlo da taxa de açúcar no sangue. Se não controlada durante a gestação, a diabetes pode causar complicações para a mãe e para o bebé.
Diabetes Valores
Sabe quais são os valores mínimos e máximos de glicose no sangue para a diabetes manifestar-se?
A glicemia mede-se em miligramas por decilitro (mg/dL), sendo os valores normais entre os 70 e 100 mg/dL em jejum e inferiores a 140 mg/dL duas horas após a refeição (a denominada glicemia pós-prandial).
Hipoglicemia
Quando os valores estão abaixo de 70 mg/dL, falamos de hipoglicemia ou “baixa de açúcar”.
Hiperglicemia
A hiperglicemia pode ocorrer em períodos de jejum, o que se verifica quando os níveis de açúcar são superiores a 130 mg/dL após um jejum completo de 8 horas, ou após uma refeição – neste caso, os valores de glicémia deverão ser superiores a 180 mg/dL 2 horas após uma refeição.
Contudo, os valores alvo de glicemia deverão ser sempre definidos individualmente e em conjunto com o seu médico. Fale com o seu médico sobre o intervalo de valores de referência da glicemia mais adequado para si.
Quais são as Complicações da Diabetes?
As principais complicações de uma diabetes descontrolada são:
- Doença cardíaca e enfarte
- Diminuição da função dos rins
- Perda de visão (cegueira)
- Disfunção sexual
- Diminuição da sensibilidade das extremidades, nomeadamente dos pés, podendo causar lesões graves
- Problemas dentários.
Cegueira / Glaucoma / Catarata
Muitas pessoas com diabetes desenvolvem algum tipo de doenças oculares causadas pelos danos na rede de vasos sanguíneos que alimentam a retina, resultantes de níveis elevados de glicose no sangue ao longo do tempo.
Isto pode danificar a visão ou mesmo provocar cegueira. A doença ocular decorrente da diabetes pode já estar demasiado avançada quando começa a afetar a visão, por isso, é importante que as pessoas com diabetes façam exames oftalmológicos regulares para poder prevenir a cegueira.
Periodontite
As pessoas com diabetes têm um risco acrescido de desenvolver inflamação das gengivas (periodontite), igualmente devido aos níveis de glicose no sangue.
A periodontite pode provocar perda dentária e cáries e está associada a um grande risco de doenças cardiovasculares, por isso, uma boa saúde bucal ajuda a melhorar o controlo da glicemia, prevenir a formação de cáries e a queda dentária, bem como outras complicações resultantes da diabetes.
Pé diabético
Os doentes com diabetes sofrem, entre tantas outras situações, de má circulação, devido aos danos nos vasos sanguíneos. Estes problemas aumentam o risco de úlceras de pressão (escaras), infeção e amputação.
A lesão nos nervos (neuropatia), provocada por prolongados níveis elevados de glicose no sangue, afeta principalmente os nervos sensoriais dos pés. Pode provocar dor, formigueiro e perda de sensibilidade e permitir que muitas lesões passem despercebidas. É, por isso muito importante que as pessoas com diabetes examinem os seus pés regularmente para identificar os problemas atempadamente.
O risco de amputação nas pessoas com diabetes é 20 vezes superior ao das pessoas sem diabetes. No entanto, uma grande percentagem das amputações pode ser evitada com um controlo cuidadoso da doença.
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Risco de vida da mãe e do bebé durante a gravidez
Também na gravidez os níveis elevados de glicose são responsáveis por uma série de problemas e complicações, e colocar em risco a vida do bebé e da mãe.
A diabetes não controlada durante a gravidez pode provocar alterações no feto, resultando num crescimento anormal e num aumento do peso, para além de provocar problemas durante o parto. Inclusive as crianças expostas no útero a elevados níveis de glicemia correm um maior risco de desenvolver diabetes tipo 2 após alguns anos.
Cetoacidose diabética
A Cetoacidose Diabética (CAD) ocorre quando se desenvolvem níveis elevados de cetonas no sangue.
As cetonas são substâncias químicas produzidas pelo organismo, que devido à falta de insulina, o corpo não é capaz de utilizar a glicose como fonte de energia utilizando, em vez disso, a gordura.
Alguns dos sinais e sintomas deste problema são:
- A dificuldade em respirar
- A respiração rápida
- Falta de ar acompanhada de um hálito frutado
- Náuseas, vómitos
- Aumento da urina ou cetonas no sangue
- Um elevado nível de glicose no sangue.
Derrame cerebral
A diabetes afeta as grandes artérias cerebrais bem como a microcirculação provocando – por si só ou associada a outros fatores de risco, como a hipertensão ou o tabagismo – a deterioração da parede das artérias.
Estas alterações na parede arterial favorecem a sua oclusão e consequente impedimento de passagem do sangue, ocorrendo assim os denominados Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) isquémicos ou hemorrágicos.
Isto acontece porque os níveis elevados de açúcar no sangue danificam as artérias, tornando-as mais duras e progressivamente mais estreitas, até entupirem. O risco de derrame cerebral também aumenta porque há a tendência para o aumento de peso, que pode levar a aumento da tensão arterial e do colesterol, outros fatores de risco para AVC.
– Saiba como identificar um AVC isquémico ou hemorrágico e como socorrer
Causas: quem corre o risco de desenvolver diabetes?
Além dos fatores genéticos e a ausência de hábitos saudáveis, existem outros fatores de risco que pode contribuir para o desenvolvimento do diabetes. Ou seja, existem factores de risco possíveis de controlar, os modificáveis, e os factores de risco que não podemos controlar, os não modificáveis.
Assim sendo corre o risco de desenvolver diabetes quem tenha:
- Diagnóstico de pré-diabetes
- Colesterol alto ou alterações na taxa de triglicéridos no sangue
- Excesso de peso, principalmente se a gordura estiver concentrada na zona abdominal
- Pais, irmãos ou parentes próximos com diabetes
- Doenças renais crónicas
- Diabetes gestacional
- Pressão alta – hipertensão arterial
– Tensão arterial baixa, normal ou alta: valores ideais, quais os riscos e como medir?
Como prevenir diabetes?
Embora a Diabetes não tenha cura, um bom controlo da glicemia pode prolongar a vida e evitar complicações nos diabéticos. A prevenção da diabetes envolve três pontos importantes para o controlo da doença e essencialmente das suas complicações:
Controlo da Glicemia
O objetivo principal do tratamento da diabetes é controlar os níveis de glicemia. Se os mantiver dentro de valores normais tem menor probabilidade de sofrer das várias complicações possíveis.
Diabetes Alimentação
Uma das prioridades no diabético tipo 2 é melhorar hábitos alimentares e perder peso. Sendo este um dos fatores de risco que mais contribui para o desenvolvimento da doença e para o aparecimento de complicações, é também um dos fatores mais importantes a controlar.
Conhecer bem o tipo da Diabetes
É importante que o diabético conheça bem a sua doença, só dessa forma poderá cumprir e melhorar o tratamento. A forma como lida com a sua doença será o principal fator de sucesso no seu tratamento.
Como tratar diabetes?
Uma vez que a diabetes é uma doença crónica sem cura, o objectivo do tratamento é manter a doença controlada. Isto permite evitar as diferentes complicações da doença quando não controlada e, por conseguinte, manter uma boa qualidade de vida.
É importante que o doente conheça e compreenda bem o seu tipo de diabetes, uma vez que lhe permitirá melhor manejar e cumprir o tratamento. A forma como lida com a sua doença será o principal fator de sucesso no tratamento.
Como tratar diabetes Tipo 1?
De uma forma geral, o tratamento farmacológico dos diabéticos tipo 1 é a insulinoterapia, administrada por via subcutânea (por baixo da pele). A administração de insulina deve ser feita a par de uma vigilância correta da glicemia e de uma alimentação saudável e prática de exercício regular.
Como tratar diabetes Tipo 2?
Os diabéticos tipo 2 controlam a glicemia com medicamentos antidiabéticos orais. Há casos em que não é necessária qualquer medicação, sendo apenas indispensável o controlo do peso, com alteração dos hábitos alimentares e praticando exercício físico.
Por outro lado, há casos de pessoas com diabetes tipo 2 a quem tem de ser prescrita insulina, quando o tratamento com antidiabéticos orais não for capaz de atingir os objetivos esperados.
Dieta para diabéticos
Quando se fala na alimentação de diabéticos, existe a ideia de que a dieta deve ser bem limitada. Na verdade, é exatamente o contrário. É importante que a dieta para estes doentes seja bem variada, composta por alimentos naturais, que colaborem para estabilizar o nível glicémico no sangue.
Algumas dicas:
- O pequeno-almoço é fundamental
- A banana pode ser consumida, com moderação
- O consumo de sal deve ser o menor possível
- Deve fazer várias refeições ao dia, idealmente de duas em duas horas
- Deixe de lado as gorduras saturadas
- Pode consumir fruta, com moderação
- Evite os sumos naturais
- Não se esqueça dos legumes e grãos integrais
- A maçã e a canela são aliadas
Chá para diabetes
O chá de canela ou de carqueja são bons remédios naturais para ajudar no controlo da diabetes porque possuem propriedades hipoglicemiantes (diminuem a quantidade de glicose).
Chá de canela, como fazer:
Colocar 3 paus de canela e 1 litro de água numa panela e deixar ferver por alguns minutos. A seguir, tapar a panela e esperar amornar, beber o chá várias vezes ao dia.
Bolo para diabéticos
Não há razão nenhuma para os doentes diabéticos excluírem por completo “os doces” da sua alimentação. Basta para isso, utilizar substitutos do açúcar na confecção de receitas para diabéticos, pois o açúcar refinado é facilmente absorvido e leva a picos de açúcar no sangue, o que agrava a doença e dificulta o tratamento.
Esta receita não tem açúcar refinado e, além disso, possui muitas fibras, aveia e ameixa fresca, que ajudam a regular os níveis de açúcar no sangue. Dessa forma, é uma ótima opção para usar em festas de aniversários de crianças diabéticas.
Ingredientes
- 2 ovos;
- 1 chávena de farinha de trigo integral;
- 1 chávena de aveia em flocos finos;
- 1 colher (de sopa) de margarina light;
- 1 chávena de leite desnatado;
- 1 chávena rasa de adoçante em pó;
- 1 colher (de café) de fermento em pó;
- 2 ameixas frescas.
Preparação
- Bata na batedeira, ou liquidificador, os ovos, o adoçante e a margarina, e depois misture aos poucos a aveia, a farinha e o leite.
- Depois de a massa estar bem misturada, adicione o fermento em pó e as ameixas em pequenos pedaços.
- Volte a misturar e coloque numa forma untada, e deixe cozinhar no forno por aproximadamente 25 minutos, a cerca de 180º.
Depois do bolo estar pronto, pode-se polvilhar canela em pó.
Diagnóstico de diabetes
Um dos principais problemas no diagnóstico da diabetes resulta dos sintomas passarem muitas vezes despercebidos, levando a um diagnóstico tardio. Como é feito o diagnóstico da diabetes? Para diagnosticar a diabetes é necessária uma análise dos sintomas e dos fatores de risco, bem como de testes sanguíneos.
Exames
Os testes habituais para diagnosticar a diabetes incluem:
Teste de hemoglobina (HbA1c):
Mede a média de açúcar no sangue nos últimos 2 a 3 meses. Com este teste, não terá de fazer jejum nem de ingerir qualquer bebida especial.
Teste de glicose plasmática em jejum (FPG):
Testa aquilo que é designado como “níveis de glicose em jejum”. Para o fazer, não pode comer nem beber nada à exceção de água durante 8 horas, geralmente à noite, antes de realizar o teste. O teste é geralmente agendado para o início do dia, antes do pequeno-almoço.
Teste oral de tolerância à glicose (OGTT):
Testa a resposta do seu corpo à glicose. Para este teste, terá de ingerir uma bebida doce especial. Os seus níveis de açúcar no sangue são testados antes e depois de beber.
Teste aleatório de glicose plasmática (RPG):
Verifica o nível de açúcar no sangue a uma determinada altura do dia, sem qualquer preparação prévia para o teste. Este teste é geralmente realizado quando tem outros sinais óbvios de diabetes, como perda de peso injustificada, fadiga extrema e/ou outros sinais de diabetes.
Conclusão
A diabetes é uma doença metabólica, crónica, que se caracteriza pelo aumento dos níveis de açúcar (glicémia) no sangue. A acumulação e não controlo desses níveis provocam diferentes complicações, graves, no organismo.
Apesar de qualquer pessoa poder vir a desenvolver diabetes, a exposição aos fatores de risco aumenta a probabilidade de poder vir a sofrer da doença, principalmente da diabetes tipo 2, que depende em grande medida dos hábitos de vida ou de alimentação errados.
O diagnóstico da doença é relativamente simples, ainda que frequentemente tardio, já que os sintomas da doença podem passar muitas vezes despercebidos. Não existe até ao momento cura para a diabetes, mas existem tratamentos eficazes e medidas que pode adotar para controlar a doença e evitar as complicações que diminuem a qualidade de vida, e podem mesmo provocar a morte precoce.
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Além disso, pode receber aconselhamento sobre produtos ortopédicos ou de saúde como por exemplo, meias e sapatos especiais para pés diabéticos ou sensíveis.
Em situações em que haja complicações graves da diabetes, como por exemplo uma amputação, pode ser necessário fazer adaptações em casa e produtos de apoio para melhorar a mobilidade, a segurança e o conforto do doente.
Referências
- Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP)
- Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC)
- Sociedade Portuguesa Diabetologia
*Atenção: O Blog Mais que Cuidar é um espaço informativo, de divulgação e educação sobre temas relacionados com saúde e bem-estar, não devendo ser utilizado como substituto ao diagnóstico médico ou tratamento sem antes consultar um profissional de saúde.