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Quais são as doenças mais comuns nos idosos em Portugal?

Quais são as doenças mais comuns nos idosos em Portugal?

Cada vez se vive mais tempo. Hoje em dia, a maioria das pessoas pode esperar viver até aos 70 anos ou mais.

Todos os países do mundo estão a experimentar um crescimento tanto no tamanho como na proporção de pessoas mais velhas na população. O ritmo do envelhecimento da população é hoje muito mais rápido do que no passado.

Até 2030, 1 em cada 6 pessoas no mundo terá 60 anos ou mais de idade. Nesta altura, a percentagem da população com 60 anos ou mais aumentará de 1 bilião em 2020 para 1,4 biliões.

Até 2050, a população mundial de pessoas com 60 anos ou mais duplicará, cerca de 2,1 mil milhões. O número de pessoas com 80 anos ou mais de idade deverá triplicar até 2050, atingindo 426 milhões.

A nível biológico, o envelhecimento resulta do impacto da acumulação de uma grande variedade de danos moleculares e celulares ao longo do tempo.

Isto leva a uma diminuição gradual da capacidade física e mental, a um risco crescente de doença e, em última análise, à morte. Estas alterações não são lineares nem consistentes, e estão apenas ligeiramente associadas à idade de uma pessoa em anos.

A diversidade observada na idade mais avançada não é aleatória. Para além das mudanças biológicas, o envelhecimento está frequentemente associado a outras transições de vida, tais como a reforma, a mudança para uma habitação mais apropriada e a morte de amigos e parceiros.

É um processo normal, mas que não deixa de trazer consigo muitos desafios e alterações de saúde.

Condições de saúde associadas ao envelhecimento

À medida que as pessoas envelhecem, estão mais propensas a experimentar várias situações de saúde ao mesmo tempo.

A idade mais avançada é também caracterizada pelo aparecimento de vários estados de saúde complexos geralmente chamados de síndromes geriátricas.

São frequentemente consequência de múltiplos fatores subjacentes e incluem fragilidade, incontinência urinária, quedas, delírios e muitas outras condições.

Doenças mais comuns nos idosos em Portugal

O processo de envelhecimento afeta todos os sistemas e estruturas do organismo. Só, por exemplo, na estatura, uma pessoa perde 1 cm por década a partir dos 40 anos.

Outras alterações que ocorrem ao nível da estatura são:

  • Redução dos arcos dos pés
  • Aumento da curvatura da coluna
  • Alteração dos discos intervertebrais

Por isso, à medida que se dá o envelhecimento, chegam também algumas mudanças físicas, mentais e psicológicas. Estas alterações podem dar origem a algumas doenças, normalmente associadas às doenças mais comuns nos idosos.

Estas são as doenças mais que mais afetam os idosos em Portugal:

Doença de Alzheimer

É muitas vezes associada automaticamente à velhice, embora possa surgir em pessoas mais jovens, mas afeta maioritariamente pessoas com mais de 65 anos.

A doença de Alzheimer é considerada como um tipo de demência e provoca uma deterioração generalizada, progressiva e irreversível de diversas funções cerebrais como a memória, atenção, concentração, linguagem, pensamento entre outras.

Esta deterioração cognitiva provoca alterações no comportamento, na personalidade e na capacidade funcional da pessoa, contribuindo para uma diminuição da capacidade de realização de atividades da vida diária.

A taxa de prevalência desta doença aumenta com a idade. A nível mundial, a demência afeta 1 em cada 80 mulheres, com idades compreendidas entre os 65 e 69 anos, já nos homens a proporção é de 1 em cada 60.

Nas idades acima dos 85 anos, para ambos os sexos, a doença de Alzheimer afeta aproximadamente 1 em cada 4 pessoas.

Doença de Parkinson

A doença de Parkinson é uma doença cerebral degenerativa e progressiva que se carateriza por alterações nos movimentos, provocando tremores, rigidez dos músculos, lentidão dos movimentos e desequilíbrio.

A doença resulta da redução dos níveis de dopamina, um neurotransmissor que funciona como um mensageiro químico nos centros cerebrais responsáveis pelo movimento corporal.

Cataratas

As cataratas designam uma doença degenerativa que afeta os olhos e prejudica a visão. A patologia causa a perda progressiva da transparência do cristalino, uma parte do olho.

A doença pode afetar só um ou dois olhos, podendo também evoluir a diferentes ritmos em cada olho.

Na maioria dos casos as cataratas estão relacionadas com o envelhecimento e por isso são mais comuns nas pessoas mais idosas.

Em Portugal, estima-se que cerca de 6 em cada 10 pessoas com mais de 60 anos apresentam sinais da doença. 

Diabetes

A diabetes é uma doença crónica que se manifesta pelo aumento dos níveis de glicose, ou açúcar, no sangue e pela incapacidade em transformar toda a glicose que acompanha os alimentos, por parte do organismo.

Para combater os níveis excessivos de açúcar no sangue, o corpo usa o pâncreas, através da produção de insulina.

Quando a produção de insulina é menor ou quando há resistência à insulina, leva a que a glicose se acumule no sangue e não serve como principal fonte de energia para o organismo.

No caso dos idosos, este mau funcionamento do pâncreas pode revelar-se fatal, quando a diabetes se descontrola.

Doenças Cardiovasculares

As doenças cardiovasculares afetam sobretudo o sistema circulatório, que engloba o coração e os vasos sanguíneos, ou seja, as artérias, veias e vasos capilares.

A maior parte das doenças cardiovasculares é resultado de um estilo de vida inapropriado e de fatores de risco que podem ser alterados. O controle destes fatores é essencial para reduzir as complicações mais graves e menos graves destas doenças.

De entre todas as doenças cardiovasculares, as mais graves são as que são provocadas pelo depósito de placas de gordura e cálcio nas artérias ou aterosclerose, o que dificulta a circulação sanguínea nos órgãos.

Quando esta situação acontece, pode desencadear-se um enfarte ou o aparecimento de outras doenças como a angina de peito.

Quando se desenvolve nas artérias do cérebro, pode originar outro tipo de sintomas como alterações de memória, tonturas ou um acidente vascular cerebral (AVC).

As doenças cardiovasculares são responsáveis por cerca de 40% das mortes em Portugal, provocando igualmente uma elevada taxa de incapacidade.

Cancro

O cancro pode atingir qualquer pessoa em qualquer idade. No entanto, devido ao processo de envelhecimento, as pessoas idosas estão mais suscetíveis a desenvolver esta doença, mesmo que não existam antecedentes familiares.

Osteoporose

A osteoporose consiste na diminuição substancial da massa óssea, provocando ossos ocos, finos e de extrema sensibilidade, mais sujeitos a fraturas.

Provoca a deterioração da qualidade estrutural do osso, levando a uma diminuição da sua resistência. Na maior parte das vezes, o diagnóstico só é feito depois da ocorrência de uma fratura.

Surdez

A surdez é uma consequência natural do envelhecimento e pode aumentar de forma gradual.

É muito comum nos idosos. Quase metade dos idosos com mais de 75 anos têm dificuldades em ouvir, a surdez tem um enorme impacto sobre a qualidade de vida de muitos idosos.

Esta incapacidade pode comprometer a comunicação verbal e o bem-estar, levando ao isolamento e à depressão, contribuindo para a desagregação social do idoso.

Com a diminuição da sensibilidade auditiva ocorre também a redução na perceção da fala, produzindo um efeito destruidor no processo de comunicação verbal, afetando também o convívio familiar.

Depressão

A depressão é uma das doenças mais comuns nos idosos. É uma doença mental grave e incapacitante que interfere no quotidiano e está associada a outros sintomas como desalento, falta de interesse, entre outros.

Quando um quadro depressivo no idoso se prolonga por muito tempo, é necessário procurar ajuda médica.

Por outro lado, outras doenças podem também provocar depressão no idoso, como a surdez ou a doença de Parkinson, que facilitam a ocorrência de situações depressivas ou o estabelecimento de um quadro depressivo crónico.

Conclusão

Não há uma pessoa idosa igual, todas são diferentes. Algumas pessoas com 80 anos de idade têm capacidades físicas e mentais semelhantes a muitas pessoas de 30.

Outras pessoas, apresentam diminuições significativas nas suas capacidades em idades muito mais jovens.

Uma vida mais longa traz também oportunidades para experienciar outras atividades, mas tudo depende sempre do estado de saúde.

Se as pessoas poderem passar os seus últimos anos de vida em boa saúde e se viverem num ambiente de apoio, a sua capacidade para fazer as coisas que valorizam pode ser equiparada a uma pessoa mais jovem.

Por outro lado, se estes anos forem dominados por declínios na capacidade física e mental, as implicações para as pessoas mais velhas e para a sociedade são também mais negativas.

Embora algumas das variações na saúde das pessoas idosas sejam genéticas, a maioria resulta do ambiente físico e social onde estão inseridos.

Incluindo as casas, bairros e comunidades, bem como as suas características pessoais ou estatuto socioeconómico.

Os ambientes físicos e sociais podem afetar a saúde diretamente ou através de barreiras ou incentivos que afetam decisões e comportamentos de saúde.

A manutenção de comportamentos saudáveis ao longo da vida, em particular uma dieta equilibrada, a prática regular de atividade física e a abstenção do consumo de tabaco, contribuem para reduzir o risco de doenças associadas ao envelhecimento.

Melhorando a capacidade física e mental, retardando a dependência de cuidados.

Os ambientes físicos e sociais de apoio também permitem às pessoas fazer o que é importante para elas, apesar das perdas de capacidade.

A disponibilidade de edifícios e transportes públicos seguros e acessíveis, são exemplos de ambientes de apoio aos idosos.

A saúde relacionada com o envelhecimento, deve ter em conta as caraterísticas individuais e ambientais que reduzem as perdas associadas à idade avançada e ao mesmo tempo reforçar a recuperação, adaptação e crescimento psicossocial dos idosos.

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Referências:

  • Associação Portuguesa de Psicogerontologia
  • Organização Mundial de Saúde

*Atenção: O Blog Mais que Cuidar é um espaço informativo, de divulgação e educação sobre temas relacionados com saúde e bem-estar, não devendo ser utilizado como substituto ao diagnóstico médico ou tratamento sem antes consultar um profissional de saúde.

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