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Insuficiência renal terminal: o que é, tempo de vida e como cuidar de portadores da doença

Insuficiência renal terminal

Sabia que a insuficiência renal crónica atinge mais de 10% dos portugueses, com mais de dois mil novos casos de doentes com falência renal todos os anos? De acordo com a Sociedade Portuguesa de Nefrologia no final de 2018 mais 20 mil pessoas encontravam-se em diálise ou tinham recebido um transplante.

Existem cuidados que permitem prevenir o aparecimento desta doença e reduzir a velocidade de progressão. Conhecer esses cuidados, assim como a melhor maneira de cuidar dos doentes é essencial para prolongar o tempo de vida.Na Mais que Cuidar pode encontrar uma vasta gama de cuidados de saúde domiciliários de âmbito privado, dos quais se destacam o apoio domiciliário, a enfermagem 24h/dia, a fisioterapia e os cuidados paliativos domiciliários que podem dar um contributo importante no tratamento da insuficiência renal crónica.

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Além disso, também pode encontrar produtos de apoio na mobilidade e no conforto como a cama articulada hospitalar, a poltrona reclinável, a cadeira de rodas, a cadeira rotativa de banheira, o andarilho que pode alugar ou comprar e que podem ajudar a melhorar a qualidade de vida do doente insuficiente renal crónico.

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Saiba tudo sobre a insuficiência renal terminal, desde as opções de tratamento, aos cuidados com a alimentação e os cuidados paliativos neste guia completo que elaborámos para si.

Insuficiência renal crónica o que é

Insuficiência renal o que é

Quando se fala em função renal, é tida em consideração a atividade desenvolvida pelos rins. A insuficiência renal diz respeito à diminuição progressiva do funcionamento dos rins, que tende a afetar os dois órgãos.

A insuficiência renal pode ser uma doença crónica, quando a diminuição da função renal surge lentamente e apresentou evolução progressiva por mais de três meses. No entanto, também se pode apresentar como uma doença aguda quando surge de forma súbita.

É comum a patologia causar problemas em ambos os rins (bilateral), mas é possível que apenas um dos órgãos apresente deficiência (unilateral). Nos casos em que um dos rins se mantém a operar com normalidade, este acaba por compensar o rim doente, chegando mesmo a crescer em tamanho (rim vicariante).

A insuficiência renal crónica (IRC) ou doença renal crónica (DRC) caracteriza-se pelo declínio lento e continuado da capacidade dos rins de realizarem a sua função. Isto leva à acumulação de toxinas no sangue.

Em média, os dois rins filtram cerca de 180 litros de sangue por dia. A esta filtração chama-se glomerular ou clearance de creatinina.

A demora no surgimento dos sintomas na maioria dos casos leva a que a doença se desenvolva silenciosamente, atrasando o diagnóstico.

A doença renal crónica encontra-se relacionada com morbilidade alta e mortalidade a longo prazo, causando um impacto imenso na qualidade de vida dos pacientes. No entanto, a disponibilização de alguns tratamentos pode permitir a recuperação da função renal em alguns distúrbios.

Ainda que possa afetar pessoas de todas as idades, tem tendência para surgir em pessoas mais velhas.

Insuficiência renal aguda

Insuficiência renal aguda

Considera-se insuficiência renal aguda (IRA) quando existe uma deterioração abrupta e grave da função renal, decorrida num tempo inferior a 3 meses. Tendencialmente a ureia e a creatinina ficam retidos no corpo, assim como as toxinas que os rins expulsão do corpo. Esta retenção pode levar à acumulação destas substâncias, causando alterações no corpo, dependendo do tempo de duração e da gravidade.

A doença renal aguda pode ser definida oligúria ou anúria, consoante existe diminuição ou ausência de produção de urina. No entanto, também pode ser não-oligúrica no caso de continuar a existir micção. As causas podem ser classificadas como pré-renais, renais ou pós-renais.

Esta é uma doença grave que deve ser vista com urgência, uma vez que pode evoluir para doença renal crónica se a lesão for muito grave e não existir a possibilidade de a recuperação ser total. Na generalidade das ocorrências, é uma doença reversível, se tratada rápida e corretamente.

Pessoas com doenças crónicas como diabetes, doença cardíaca, pulmonar ou hepática, de idade avançada ou do sexo feminino possuem maior risco de sofrer lesão renal aguda.

 Insuficiência renal crónica

Insuficiência renal crónica

Ao contrário da insuficiência renal aguda, a insuficiência renal crónica caracteriza-se pela redução progressiva das funções dos rins, e na maioria das vezes é irreversível. Considera-se crónica quando tem uma duração superior a 3 meses.

A lenta deterioração causada pela insuficiência renal crónica torna-a assintomática nos primeiros tempos de doença, demorando muito a ser diagnosticada. Nos estágios mais avançados, o paciente desenvolve alterações sistémicas causando interferência no corpo todo. Assim, podem surgir problemas ósseos e cardíacos, entre outros.

A função renal é classificada em estádios, segundo a Taxa de Filtração Glomerular (TFG), sendo o estádio a referência para compreender a fase de evolução da doença. Esta taxa é calculada através da medição dos níveis de creatinina no sangue, tendo em conta fatores como a idade, sexo e etnia, entre outros. Quanto mais baixa for a Taxa de Filtração Glomerular mais alto é o risco de a doença progredir.

Qual a função dos rins?

Qual a função dos rins

Os rins são órgãos complexos que desempenham um papel importante na limpeza do organismo. São maioritariamente conhecidos pela sua capacidade de filtrar o sangue e expelir substância nocivas para o organismo, mas as suas funções não se ficam por aqui:

  • Eliminar toxinas do organismo, como a creatinina e a ureia, através da filtragem da corrente sanguínea;
  • Equilibrar o número de eletrólitos presentes no organismo (sódio, potássio, cálcio, magnésio, fósforo, bicarbonato, hidrogénio, cloro, etc.);
  • Gerir a quantidade de água no corpo, eliminando o excesso;
  • Controlar o pH do sangue mantendo-o constante;
  • Produzir hormonas essenciais (responsáveis pela estimulação da produção de glóbulos vermelhos, etc.);
  • Transformação da vitamina D.

O que acontece quando os rins deixam de trabalhar?

O que acontece quando os rins deixam de trabalhar

Quando os rins param de trabalhar as suas funções são interrompidas, levando à acumulação de excesso de resíduos e água no sangue. Esta consequência chama-se uremia.

Além disso, a produção de hormonas essenciais, por exemplo para a produção de glóbulos vermelhos, pode desencadear outros problemas, como anemia.

A importância vital dos rins faz com que todo o organismo tenha dificuldades em funcionar se os rins deixaram de trabalhar.

É frequente a pressão arterial subir quando ocorre a insuficiência renal, assim como iniciarem-se problemas ósseos, pela ausência de vitamina D. Pode ainda desenvolver-se doença cardiovascular.

No início a doença pode ser tratada com auxílio de medicamentos, mas o avançar da doença torna os medicamentos incapazes no controlo das complicações que surgem durante a doença renal crónica, deixando a vida do doente em risco.

Quais os fatores de risco da insuficiência renal?

Fatores de risco da Insuficiência Renal

Além da tendência para desenvolver insuficiência renal causada pela idade, existem diversos fatores de risco que aumentam a probabilidade de desenvolver esta doença.

Por exemplo, a diabetes aumenta a probabilidade de os doentes desenvolverem doença renal, porque a exposição prolongada à glicemia elevada é nociva para os rins. Como resultado disso, cerca de 20% dos pacientes a fazer diálise são diabéticos.

Mas existem outros fatores de risco que aumentam as hipóteses de desenvolver doença renal crónica:

  • Antecedentes familiares de doença renal;
  • Obesidade;
  • Aumento da idade (acima dos 50 anos);
  • Tabagismo;
  • Tensão arterial elevada;
  • Doença policística renal;
  • Glomerulonefrites;
  • Cálculos renais repetidos;
  • Doenças autoimunes;
  • Abuso na utilização de anti-inflamatórios;
  • Gota;
  • Infeções urinárias repetidas.
Veja também: Infeção Urinária: Sintomas, Tratamentos e Causas

Como é feito o diagnóstico da doença renal crónica?

Diagnóstico da doença renal crónica

Diagnosticar a insuficiência renal crónica obriga à análise dos níveis de creatinina e ureia no sangue. O médico de clínica geral pode iniciar o processo de diagnóstico, mas perante a suspeita de problemas renais o paciente deve ser seguido pelo especialista. 

O médico especialista é o nefrologista e será este o responsável por prescrever exames específicos:

Sangue e urina

São os exames de sangue e urina que confirmam a redução das funções do rim, que quando atingem um certo nível alteram os químicos presentes no sangue.

A quantidade de ureia, creatinina, potássio, fosfato e da hormona da paratiróide aumentam. Por outro lado, o cálcio e o calcitriol diminuem, assim como a hemoglobina (revelando alguma anemia), e o sangue fica ligeiramente acídico.

Ecografia

Ecografia dos rins com insuficiência renal

É frequente realizar-se a ultra-sonografia para excluir a hipótese de se tratar de uma obstrução e verificar o tamanho do rins. Se os órgãos se apresentam pequenos e com cicatrizes, normalmente indicam redução crónica da função renal.

Biópsia

O exame mais exato é a biópsia, que consiste na remoção de uma amostra de tecido do rim. No entanto, se a ecografia renal revelar rins pequenos e com cicatrizes, a biópsia não é recomendada.

Insuficiência renal crónica: Quais os sintomas?

Sintomas da insuficiência renal crónica

Quando a função renal começa a apresentar falhas existe a acumulação de excesso de líquidos, incluindo água no organismo. Além disso, as toxinas não são filtradas, pelo que o sangue continua a circular, depositando os detritos nocivos noutros órgãos.

A falha destas funções leva ao aparecimento de vários sintomas que são resultado da ausência da filtração e equilíbrio, que são da responsabilidade dos rins.

  • Diminuição da quantidade de urina;
  • Inchaço das mãos, rosto, pernas;
  • Falta de ar;
  • Náuseas e vómitos;
  • Perda de apetite;
  • Cansaço;
  • Tensão arterial elevada.
Veja também: Tensão arterial baixa, normal ou alta: valores ideais, quais os riscos e como medir?

Quais são os 5 estadios da doença renal crónica?

Os 5 estadios da doença renal crónica

A nefrologia utiliza 5 estadios diferentes para classificar a gravidade da insuficiência renal, com o estádio 1 a ser o mais leve o 5 o de maior gravidade.

Os estadios são avaliados segundo a Taxa de Filtração Glomerular (TFG), que é calculada pela medição dos níveis de creatinina no sangue.

Os estadios dividem-se em fase inicial (1, 2 e 3a) e fase final da IRC (3b, 4 e 5). Na fase final dá-se uma forte redução do funcionamento dos rins. Nesta altura a água em excesso no corpo e os resíduos começam a acumular-se no sangue.

Estadio 1

TFG no nível normal, ou aumentado com valor igual ou superior a 90 ml/min. Esta é a forma mais ligeira de insuficiência renal crónica e caracteriza-se pelo aparecimento das primeiras lesões. No entanto, a capacidade de filtração do rim ainda não se encontra alterada, não existindo sintomas.

Estadio 2

Este é o momento em que se inicia a perda da função renal e que só pode ser detetada com exames específicos. A taxa de filtração glomerular regista-se entre 60 e 89 ml/min.

Neste estadio continuam a não existir sintomas que indiquem lesões dos rins.

Estadio 3

Estadio 3 da insuficiência renal

O estádio 3 divide-se em 3a e 3b, sendo o 3a pertencente à fase inicial com alterações nos níveis de ureia e a creatinina, mas o paciente não apresenta problemas. A TFG situa-se entre 30 e 59ml/min. A lesão renal é moderada mas não é comum surgirem sintomas que indiquem uma lesão nos rins.

Já o estadio 3b faz parte do estadio final da IRC, apresentando uma lesão renal moderada com a TGF a encontrar-se entre 10 e 44 ml/min. Nesta fase os sintomas podem incluir contagem baixa de células no sangue, má nutrição, dor nos ossos, dormência e dificuldades de concentração.

Estadio 4

No estadio 4 o rim já apresenta uma lesão evoluída que causa uma TFG de apenas 15 a 30 ml/min.

Além dos sintomas já mencionados no estadio 3b, é frequente surgir doença óssea, comichão na pele e anemia. Esta anemia pode causar fadiga, perda de apetite, inchaço, falta de ar e palidez.

Estadio 5

Uma vez no estadio 5 da IRC, o doente apresenta uma lesão renal profunda, que resulta numa TFG de 15 ml/min ou menos.

Nesta altura o paciente encontra-se em insuficiência renal terminal, uma vez que os rins perderam praticamente toda a capacidade de funcionarem de maneira eficaz.

Inevitavelmente a doença renal diminui a função renal até ao ponto em que o doente precisa de uma terapêutica de substituição.

Qual o tratamento para a insuficiência renal crónica?

Tratamento da insuficiència renal crónica

Na fase inicial da doença o médico opta por um tratamento conservador para ajudar a proteger os rins e a preservar a sua função. Este tratamento foca-se em opções relacionadas com o estilo de vida e cuidados diários.

Alimentação

Uma alimentação equilibrada pode ajudar a adiar a evolução da doença. A dieta deve incluir diversos cereais, frutas e legumes frescos. O sal deve ser pouco ou inexistente e evitar o consumo de carne.
Além disso, uma alimentação cuidada ajuda a prevenir a obesidade, um fator de elevado risco para o desenvolvimento de doença renal.

Veja também: Alimentação para idosos: importância e como montar uma ementa saudável

Medicamentos

A automedicação pode ser perigosa por vários motivos e a possibilidade de influenciar o desenvolvimento de doença renal crónica é um deles. Os analgésicos aliviam a dor, mas um dos efeitos colaterais é causarem danos nos rins. O mesmo é aplicado aos anti-inflamatórios, antibióticos e antipsicóticos.

Deixar de fumar

Parar de fumar insuficiência renal

A inalação de fumo do tabaco produz milhares de partículas e gases, alguns deles tóxicos para os rins. A nicotina, por exemplo, provoca aumento da pressão arterial, da frequência cardíaca e resistência vascular periférica.

Reduzir o consumo de álcool

As bebidas alcoólicas contêm diversas substâncias nocivas aos rins, como o potássio e o etanol. Além disso, o aumento da ingestão de álcool leva a uma queda na qualidade de glicose podendo levar a quadros de hipoglicemia, especialmente em pacientes diabéticos.

Fazer exercício regular

O exercício físico em doentes com insuficiência renal crónica é importante porque este tem tendência para apresentar um condicionamento elevado. O exercício também reduz a probabilidade de desenvolver obesidade, melhora a função cardíaca, a força e a resistência, melhora a digestão e o sistema imunitário, e reduz o stress.

Consultar o médico regularmente

Visitas regulares ao médico são importantes para acompanhar o estado geral de saúde. Este prescreve diversos exames que vão permitir diagnosticar qualquer alteração na sua função renal. Análises ao sangue e à urina frequentes são essenciais na prevenção da insuficiência renal crónica.

Tratamento avançado para a insuficiência renal:

tratamento avançado da insuficiência renal

Na fase mais avançada da insuficiência renal crónica, o doente precisa de ajuda para substituir as funções que o rim deixou de realizar.

Existem dois tipos de tratamentos que permitem a compensação das funções renais, a diálise e o transplante renal. A diálise pode ser de dois tipos, peritoneal ou hemodiálise.

Hemodiálise

Hemodialise na insuficiencia renal

Quando os rins deixam de funcionar é necessário remover as toxinas e o excesso de líquidos e água do corpo. É como resposta a esta necessidade que surge a hemodiálise, uma técnica depurativa onde é utilizada um dispositivo para efetuar a purificação do sangue.

Uma membrana artificial do aparelho de diálise cria a ligação do paciente à máquina, que bombeia o sangue, filtra-o e depois devolve-o ao organismo do paciente.

Existem três opções de acesso vascular que permita que o sangue saia e volte ao corpo: Fístula artério-venosa (FAV), Prótese (PAV, (Catéter Venoso Central para hemodiálise (CVC).

A Fístula artério-venosa é um sistema criado ou implantado através de cirurgia, que permite a extração do sangue do organismo. Consiste na junção de uma artéria com uma veia e é realizada com anestesia local na sala de operações. Pode ser construída na mão, no antebraço ou no braço, precisando de alguns meses para se desenvolver até um tamanho que suporte o fluxo de sangue adequado à diálise.

A Prótese consiste na colocação de um tubo sintético por baixo da pele, que liga uma artéria a uma veia. Após uma cicatrização de 2 a 4 semanas a prótese está pronta para ser utilizada.

Frequentemente implantada no braço, cria uma ligação entre a artéria braquial e uma veia distal no antebraço. Esta opção surge quando não é possível construir uma fístula artério-venosa, normalmente por o doente ter veias pequenas ou frágeis.

A durabilidade é inferior à da Fístula artério-venosa e está mais sujeita a complicações, como infeções, aneurisma, trombose e estenose.

O Catéter Venoso Central (CVC) para hemodiálise existe há cerca de 35 anos e fornece um acesso de emergência, mas está sujeito a muitas complicações, especialmente infeções. Deve ser considerado um acesso de recurso e ser substituído logo que possível por umas opções referidas anteriormente.

Os catéteres venosos centrais podem ser temporários ou de longa duração e são inseridos numa veia do pescoço, podem ser também colocados na virilha. A maioria dos catéteres têm duas vias, uma para aspirar o sangue do doente e outra para devolver o sangue.

Diálise peritoneal

Diálise peritoneal na Insuficiência renal

Para realizar Diálise Peritoneal é necessário colocar um catéter peritoneal em bloco operatório, mas com anestesia local. O catéter é colocado no abdómen para possibilitar a utilização da membrana que envolve os órgãos da zona abdominal (membrana peritoneal) que vai funcionar como um filtro em conjunto com o líquido de diálise.

O catéter fica fora do corpo, abaixo da linha do umbigo e protegido por um penso que deve ser substituído todos os dias. Esta é uma técnica simples, eficaz e flexível que pode  ser adaptada a cada paciente.

As pessoas submetidas a este tipo de tratamento são vigiadas em consultas mensais, com análises ao sangue, urina e líquido peritoneal. Além disso, os doentes devem guardar um registo diário do peso e da tensão arterial.

O empenho e motivação do paciente influencia o sucesso do tratamento com Diálise Peritoneal.

Transplante renal

Transplante renal na insuficiência renal

Na maioria das vezes o transplante renal é aplicado em pessoas que já se encontram a executar um programa de diálise. No entanto, pode ser realizada transplantação antes de se iniciar esse tipo de tratamento.

A principal vantagem do transplante surge da receção por parte do doente de um rim vivo, que realiza todas as funções que lhe são naturais. Além de eliminar as toxinas e regular o metabolismo em relação a várias substâncias, produz as hormonas que entre outras funções, promovem a formação de glóbulos vermelhos e a regeneração dos ossos.

Esta é a terapêutica que oferece a melhor qualidade de vida e uma maior esperança de vida, libertando o paciente das restrições da diálise. Mas nem todas as pessoas com insuficiência renal crónica são candidatas um transplante, existem condições clínicas limitativas que têm de ser avaliadas pelos médicos nefrologistas.

Existem três origens possíveis para um novo rim: dador vivo, dador cadáver e doação cruzada (familiar não compatível dá o rim a uma pessoa desconhecida e outro desconhecido dá o rim ao doente). O tempo de espera por um rim novo pode ser elevado, mas a taxa de sucesso da transplantação é elevada.

Insuficiência renal crónica tem cura?

Insuficiência renal crónica cura

Na maioria dos doentes com insuficiência renal crónica existe progressão da patologia, independentemente do tratamento aplicado pelo nefrologista. Por não ter cura, é importante o acompanhamento médico e as consultas de nefrologia precoces, para conseguir atrasar a evolução da doença.

A evolução da redução das funções renais é ligeiramente influenciada pela causa da doença renal crónica, e pela maneira como o distúrbio é tratado. No caso da diabetes e da hipertensão, a falta de controlo acelera a perda da função renal. 

Se não for tratada a função renal é fatal. É comum os médicos referirem-se à insuficiência renal grave, como insuficiência renal terminal. A ausência de tratamento limita a vida a alguns meses, enquanto os doentes que fazem diálise podem viver durante muito mais tempo.

No entanto, mesmo com recurso a diálise, as pessoas com doença renal terminal têm uma morte mais precoce do que as da mesma idade sem insuficiência renal.

As principais causas de morte são distúrbios cardíacos ou nos vasos sanguíneos, e infeções.

Qual a esperança de vida?

Esperança de vida na insuficiência renal

A esperança de vida de um doente com insuficiência renal terminal é influenciada por diversos fatores, que vão desde a terapêutica aplicada até ao estilo de vida.

Um paciente que receba um transplante provavelmente viverá mais tempo que um doente que faça diálise.

Torna-se assim difícil definir uma esperança média de vida generalizada. No entanto, estima-se que os idosos com insuficiência renal terminal tenham uma esperança média de vida na ordem dos 6 anos.

Insuficiência Renal Crónica: que complicações podem surgir?

Complicações da insuficiência renal crónica

Além dos problemas de saúde causados pela perda da função renal que foram referidos anteriormente, existem outras complicações associadas IRC.

A evolução da doença apresenta um forte impacto na condição física, emocional, social e espiritual do doente, com a morte associada à progressão. Estas complicações interferem com a resposta do doente aos tratamentos, os seus cuidados e a sua predisposição para a luta que poderá ter de enfrentar.

O impacto emocional e social leva muitas vezes a depressão, exigindo uma atenção e avaliação constante do estado de saúde mental do paciente.

Cuidados Paliativos na Doença Renal Crónica

Cuidados paliativos na doença renal crónica

Por se tratar de uma doença progressiva e debilitante, que se não for submetida aos tratamentos avançados, se tornará fatal, recebe indicação para cuidados paliativos.

Ao longo do avanço da doença, estes pacientes revelam necessidades elevadas de cuidados de saúde que integrem os princípios e filosofia dos cuidados paliativos. São marcados por crises e dilemas éticos frequentes, na tomada de decisões relacionadas com os tratamentos e cuidados.

Assim, beneficiam largamente de cuidados paliativos desde cedo, como resposta às necessidades que se vão manifestando durante a evolução da patologia.

Além disso, os cuidados paliativos podem assumir um papel essencial na gestão dos sintomas, planeamento avançado de cuidados e apoio nas diferentes áreas que afetam os pacientes e as suas famílias.Os cuidados paliativos assumem, para os doentes renais crónicos um papel importante nas melhorias da qualidade de vida, a adaptação à doença e ao prolongamento da vida.

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Como prevenir a insuficiência renal?

Como prevenir a insuficiência renal

Os principais cuidados de prevenção da doença renal crónica relacionam-se com hábitos diários e de estilo de vida. Procure seguir uma vida saudável, com exercício físico moderado e regular.

  • Reduzir o consumo de sal na alimentação. Limite-se ao máximo de seis gramas por dia;
  • Manter uma alimentação saudável (não exagere no consumo de gorduras, açúcar e carne);
  • Praticar exercício físico com regularidade;
  • Evitar o consumo de tabaco;
  • Ter cuidado com o excesso de peso;
  • Medir a pressão arterial;
  • Não fazer automedicação;
  • Visitar o médico com frequência;
  • Ingerir água com frequência.
Veja também: Importância da hidratação: benefícios e dicas para manter o corpo sempre hidratado.

Conclusão

Conclusão médica da doença renal crónica idosos

A insuficiência renal crónica afeta uma fatia considerável da população e pode ser extremamente debilitante. Além dos fatores gerais relacionados com a idade, existem ainda fatores de risco que podem ser controlados de modo a prevenir o aparecimento da doença.

Existem tratamentos que permitem aos doentes com elevada perda da função renal viver durante anos, enquanto que os pacientes que não recebem tratamento têm uma esperança de vida de apenas alguns meses. Ainda que o transplante de rim seja o tratamento mais eficaz e apresente uma taxa de sucesso elevada, é demorado e pode não surgir um dador em tempo útil.

No entanto, o mais importante a reter é mais uma vez a escolha de um estilo de vida saudável e equilibrado pode ser a resposta para que todas as pessoas evitem sofrer de doença renal crónica.

A deteção precoce da doença é fundamental para tornar a progressão mais lenta, assim como para aumentar a esperança média de vida do doente. Para isso, devem ser realizadas periodicamente análises ao sangue e à urina.

Os cuidados paliativos assumem um papel importante na melhoria da qualidade de vida, a adaptação à doença e ao prolongamento da vida dos doentes com insuficiência renal crónica.Na Mais que Cuidar pode encontrar uma vasta gama de cuidados de saúde domiciliários de âmbito privado, dos quais se destacam o apoio domiciliário, a enfermagem 24h/dia, a fisioterapia e os cuidados paliativos domiciliários que podem dar um contributo importante no tratamento da insuficiência renal crónica.

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