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Quais as melhores práticas de cuidados para problemas de mobilidade?

Quais as melhores práticas de cuidados para problemas de mobilidade?

A mobilidade é fundamental para uma vida independente, sobretudo quando as pessoas começam a envelhecer.

Normalmente, o prestador de cuidados é uma das pessoas mais próximas do idoso, com quem passa mais tempo e, por conseguinte, também tem uma maior influência sobre o idoso, podendo assim acompanhar, motivar e encorajar as pessoas de quem cuida.

Os cuidadores podem acompanhar os progressos ou retrocessos em matéria de mobilidade e sugerir outras soluções se forem escolhidos exercícios demasiado difíceis ou se o equipamento de mobilidade não for adequado.

Além disso, podem facilitar ao máximo as tarefas mais simples do idoso ou ajudar com outras necessidades.

Um dos processos essenciais para os cuidadores que cuidam com idosos ou outras pessoas com problemas de mobilidade, é compreender em profundidade a situação e analisar realmente os problemas com que se pode deparar diariamente.

As questões de mobilidade podem envolver diferentes condições, problemas mais graves vão precisar de mais cuidados e assistência do que problemas mais ligeiros.

Quando as pessoas começam a ter problemas de equilíbrio ou a cair com frequência, por exemplo, pode ser necessário assistência hospitalar ou pode implicar uma capacidade diminuída para fazer as atividades diárias que costumavam ser fáceis anteriormente.

Por todas estas razões, os cuidadores devem ter uma atenção especial aos problemas de mobilidade para que possam ajudar de uma forma mais adequada às necessidades dos idosos ou das pessoas que cuidam.

Causas mais comuns dos problemas de mobilidade

A razão para os problemas de mobilidade entre as pessoas mais velhas é o facto de, à medida que envelhecemos, sofrermos uma perda natural de massa muscular, o que pode levar a uma perda de equilíbrio e coordenação e afetar a capacidade de andar ou de movimento.

No processo de envelhecimento, a gordura interarticular desgasta-se, o que afeta a flexibilidade dos membros e a elasticidade do corpo.

Além disso, este processo pode ser acelerado por perturbações neurológicas, como a demência, bem como por doenças músculo-esqueléticas.

No entanto, os problemas de mobilidade nos idosos não significam o fim inevitável da mobilidade, desde que se seguiam algumas medidas de prevenção, como uma dieta adequada e praticar algum tipo de atividade física.

Para uma melhor prevenção, o ideal é começar por uma consulta médica de avaliação para ter uma ideia mais definida da situação particular e especifica da mobilidade individual.

Um médico pode fazer uma avaliação da força, da marcha e do equilíbrio ou pedir um exame de densidade óssea. O médico verificará aspetos como a tensão arterial e o ritmo cardíaco depois de estar de pé, e procurará detetar doenças subjacentes.

A audição e a visão também devem ser verificadas, porque problemas nestes sentidos podem contribuir para problemas de mobilidade.

O médico também pode sugerir formas de melhorar a função, prescrever fisioterapia, ou discutir opções de cirurgia ou medicamentos que possam ajudar.

Outras causas comuns que podem afetar a mobilidade podem ser os efeitos secundários de medicamentos, que se podem manifestar como tonturas ou sonolência, que podem levar à ocorrência de quedas.

E também uma prescrição de óculos desadequada ou incorreta pode ser uma das causas. As pessoas com problemas de visão como o glaucoma, a degenerescência macular e as cataratas têm maior probabilidade de sofrer quedas.

A desidratação pode provocar fraqueza, e, por conseguinte, impactar a mobilidade. Uma boa hidratação e consumo de álcool limitado, ajudam a resolver, se forem estas as causas.

Os níveis baixos de vitamina D e baixa densidade óssea são outras possíveis causas, que podem ser resolvidas com tomas diárias da vitamina e ingestão de cálcio.

Práticas essenciais na prestação dos cuidados

A prestação de cuidados implica a realização de tarefas complexas com atenção e cuidado, mas falar sobre questões de mobilidade pode não ser fácil, devido ao impacto que tem na independência do idoso.

Mas, na verdade, o primeiro passo deverá ser conversar com o idoso sobre o problema.

Conversar sobre as questões de mobilidade

Caso haja resistência por parte do idoso para falar sobre os problemas de mobilidade que tem, poderá ser mais útil abordar o assunto várias vezes, de várias maneiras, em diferentes situações em que há uma maior abertura por parte do idoso para ouvir.

Mostrar preocupação com a situação e com o idoso poderá ser mais eficiente no sentido de chamar a atenção para o problema e para a necessidade de o resolver.

O cuidador deve primeiro determinar o tipo de ajuda de que a pessoa de quem cuida necessita, o tempo que isso vai exigir e também, na perspetiva pessoal de quem está a cuidar, quais são os próprios desejos e pensamentos sobre a situação.

Ajustar o horário

Se o cuidador é informal poderá ter de reduzir o horário de trabalho ou, eventualmente, passar a trabalhar a tempo parcial.

Para muitos cuidadores informais, cuidar de um ente querido é prioritário e, por isso, pode significar perderem algum do tempo livre para terem a certeza de que estão a dar prioridade à prestação dos cuidados.

Se não for possível tirar mais tempo do trabalho, talvez seja melhor estabelecer um horário que funcione para o cuidador e para a pessoa de quem se cuida, certificando-se de que a pessoa sabe em que dias e a que horas vai ter a prestação de cuidados.

Manter a atividade

Quando os idosos começam a ter problemas de mobilidade, o seu instinto inicial pode ser o de deixarem de ser fisicamente ativos.

Isto deve-se muitas vezes ao medo de se magoarem. O ideal será começar por falar com o médico sobre os tipos de exercício que ainda são seguros para os idosos fazerem e criar um plano para ajudar o idoso a sentir-se confortável a fazer exercício.

O idoso pode ter de experimentar formas de exercício de baixo impacto, como alongamentos ou natação, mas manter o corpo em movimento pode ajudar a manter o sentido de equilíbrio.

Um prestador de cuidados profissional pode ajudar o idoso a fazer exercício em casa com segurança e conforto, além disso os cuidadores ao domicílio podem ajudar a preparar as refeições, a fazer exercício, a lembrar da medicação e a realizar muitas outras tarefas importantes.

Utilizar dispositivos de mobilidade

A utilização de um andarilho ou bengala implica um processo de aprendizagem. A pessoa de quem se cuida pode precisar de ajuda para perceber como mover o corpo com o dispositivo de mobilidade.

Alguns dispositivos, como as cadeiras de rodas, também podem exigir o desenvolvimento da força na parte superior do corpo. O cuidador deve prestar assistência durante as primeiras semanas com um novo dispositivo de mobilidade para ajudar reduzir a frustração.

Identificar percursos seguros em áreas públicas

A maioria dos idosos com problemas de mobilidade não precisa de ficar sempre em casa. Sair para passear ou ir a um novo restaurante na cidade pode exigir algum planeamento, mas vale a pena para tirar o idoso de casa durante o dia.

O cuidador pode explorar novos locais antes de levar o idoso a passear. Pode verificar se existem rampas, elevadores e outras características que ofereçam mais acessibilidade.

Simplificar as tarefas básicas diárias

Um idoso que tenha dificuldade em andar ou estar de pé durante muito tempo pode não ser capaz de fazer tudo o que costumava fazer em casa. Por exemplo, cozinhar o jantar pode ser difícil se não conseguir deslocar-se numa cozinha pequena com o auxílio de um dispositivo auxiliar de mobilidade.

Falar com o idoso sobre as tarefas que lhe são mais difíceis de realizar. O apoio domiciliário também pode ser uma opção que pode ajudar os mais velhos a gerir as coisas que precisam de ser feitas enquanto aprendem a lidar com as suas próprias dificuldades de mobilidade.

Observar as alterações nas capacidades do idoso

Muitos problemas de mobilidade agravam-se com o tempo. Por exemplo, os sintomas da artrite podem progredir com a idade ou após uma nova lesão.

A doença de Parkinson e outras doenças progressivas também podem exigir uma mudança no tratamento e no plano de cuidados domiciliários.

O cuidador deve observar regularmente o idoso para detetar sinais de que pode precisar de usar uma nova medicação ou um novo dispositivo de mobilidade. Quaisquer alterações nos sintomas também podem significar que o idoso precisa de mais assistência durante o dia para se manter seguro.

Fazer adaptações em casa

Se uma das preocupações é a segurança do idoso em casa, então talvez valha a pena procurar ajudas à mobilidade que possam ser instaladas em casa para oferecer um pouco mais de ajuda e segurança.

As ajudas à mobilidade podem ir desde pequenos acessórios domésticos, como barras de apoio e corrimões para a banheira e o duche e corrimões extra nas escadas, até elevadores de escadas e cadeiras elevatórias.

As cadeiras elevatórias existem em todas as formas e tamanhos, o que significa que há uma cadeira elevatória para cada escada, independentemente da sua forma, desde cadeiras elevatórias retas que sobem e descem uma escada reta até cadeiras elevatórias curvas que podem circular em escadas com cantos, bem como em escadas em espiral.

As cadeiras elevatórias são um bom complemento para uma casa e podem oferecer uma tranquilidade extra a familiares que possam estar preocupados com a segurança do idoso.

As cadeiras elevatórias permitem subir e descer as escadas a partir de uma posição sentada, de forma suave e segura, sem assistência adicional, por outro lado, os assentos giratórios permitem entrar e sair da cadeira elevatória em segurança no topo e na base das escadas.

Fazer modificações em casa para diminuir a probabilidade de uma queda

Para tornar as coisas mais seguras em casa, eliminar a desarrumação e tomar outras precauções, como por exemplo, remover os riscos de o idoso tropeçar nas escadas.

Outras estratégias podem ser:

  • Reparar os corrimões soltos
  • Remover ou fixar tapetes soltos
  • Acrescentar iluminação ativada por movimento
  • Colocar uma luz de presença na casa de banho e manter o chão seco

Utilização de tecnologia

Dispositivos inteligentes que funcionam por controlo remoto podem ser uma boa opção, já que podem ligar e desligar a luz e outros dispositivos sozinhos, sem necessidade de intervenção humana.

Adquirir ou instalar um sistema de alerta médico que pode ir para o contacto do cuidador e que pode ser usado no pulso como um relógio, é outra opção viável.

Estes dispositivos são, geralmente à prova de água, pelo que funcionam mesmo no banho, e podem ser extramente úteis numa situação de queda, já que o utilizador pode pedir ajuda através destes dispositivos tecnológicos.

E se o idoso usar um smartphone ou tablet, também existem aplicações de alerta médico disponíveis para dispositivos Apple e Android. Estas aplicações têm frequentemente funcionalidades adicionais, como a deteção de quedas e a localização por GPS.

O cuidador também pode ensinar o idoso algumas formas seguras de se levantar de uma queda.

Obter ajuda extra se necessário

Se o cuidador informal não puder faltar ao trabalho ou oferecer o tempo e a atenção de que o idoso necessita, não é vergonha nenhuma ter de pedir uma ajuda extra.

Contratar um prestador de cuidados profissional significa que o cuidador informal pode partilhar os cuidados com outra pessoa, e não tem de se sentir culpado pelo tempo que não pode passar com o idoso.

Para as pessoas com problemas de mobilidade mais graves, um prestador de cuidados a tempo inteiro pode ser a melhor opção.

Assim, os familiares podem relaxar sabendo que a pessoa está a ser cuidada durante todo o dia e que não têm de comprometer o seu tempo livre e o seu horário de trabalho.

Como evitar a perda de mobilidade

Um pequeno aumento diário da atividade física pode ter efeitos muito poderosos na função física das pessoas mais velhas e também evitar que fiquem incapacitadas.

Nunca é demasiado tarde para começar a fazer exercício, mesmo tentar caminhar 10 a 15 minutos, apenas a um ritmo confortável, todos os dias, pode ajudar a evitar o declínio da mobilidade.

O treino de força também pode ser útil. Mesmo em pessoas muito idosas, a capacidade dos músculos, do músculo esquelético, para se adaptar e responder ao exercício, não parece estar perdida.

Alguns estudos sobre os tipos de exercícios que ajudam à mobilidade apontam para os benefícios do tai chi. Este tipo de exercício constrói o músculo e ajuda a equilibrar o corpo.

Os exercícios que aumentam a força e o equilíbrio das pernas são eficazes para ajudar a prevenir quedas mos idosos.

A melhor forma de prevenir a perda de mobilidade é manter o movimento, mesmo que signifique apenas dar um passeio pelo corredor de casa três vezes por dia e voltar, ou ir a um ginásio e trabalhar em máquinas de cárdio, o que importa é mexer.

Se o idoso já tem problemas de mobilidade e a função não pode ser restaurada, é altura de utilizar uma bengala ou andarilho, para não agravar a situação, o objetivo é manter os idosos fora de casa, ativos e com mobilidade, mas de forma segura.

Conclusão

Os problemas de mobilidade podem afetar significativamente a qualidade de vida, o bem-estar e a saúde mental das pessoas idosas.

Estas condições fazem frequentemente com que a pessoa idosa se sinta impotente e dispensável, o que pode levar à apatia e à depressão.

É por isso que é tão importante reagir atempadamente, utilizar métodos preventivos e não se afastar da atividade física, o que pode ser ajudado por uma pessoa que fique com o idoso ininterruptamente, ou seja, um prestador de cuidados ao domicílio.

Os problemas de mobilidade abrangem uma vasta gama de alterações na capacidade de deslocação de um idoso.

Alguns idosos têm problemas ligeiros de mobilidade, que podem incluir a incapacidade de passar por cima de objetos no seu caminho, enquanto outros podem nem sequer conseguir andar.

Ajudar os idosos a ultrapassar estes problemas é importante para manter a sua motivação para continuar com as suas atividades diárias.

Os prestadores de cuidados, amigos ou familiares que optam por cuidar de um idoso e que são cuidadores informais, ajudam e auxiliam as pessoas nas tarefas quotidianas, como fazer compras, cozinhar e limpar.

Quando os problemas de mobilidade existem, são também os cuidadores que zelam pelo bem-estar do idoso e ajudam a ultrapassar as possíveis limitações que a perda de mobilidade pode trazer.

Assim, é importante que os cuidadores tenham orientação para cuidar de pessoas com problemas de mobilidade.

Adotando estratégias como melhorias que podem ser feitas em casa até à adaptação dos horários de trabalho e à criação de tempo livre, os cuidadores poderão assim não só fazer uma boa prestação de cuidados aos idosos, mas também cuidarem de si próprios durante todo o processo.

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Referências:

Caregiver.com

Journal of the American Medical Association

*Atenção: O Blog Mais que Cuidar é um espaço informativo, de divulgação e educação sobre temas relacionados com saúde e bem-estar, não devendo ser utilizado como substituto ao diagnóstico médico ou tratamento sem antes consultar um profissional de saúde.

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